quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O Maior Amor do Mundo













Take me now, baby, here as I am


Hold me close, and try and understand



Desire is hunger is the fire I breathe



Love is a banquet on which we feed



 



 



A Vida tem sido boa para esse senhor!
O Nome dele é Julião, o Seu Julião.
Ele trabalhou a vida inteira no que gostava. 
Era barbeiro da pequena e pacata cidade onde morava.
Tinha uma esposa linda,
com quem já estava casado há mais de 40 anos.

Tinha dois filhos já crescidos, que moravam no exterior.
Tinha também um Labrador de 8 anos de idade,
que era seu fiel companheiro de salão.
Quase não saiu da sua cidade. 
Gostava daquele lugar, era bem aconchegante.
Hoje era terça-feira, como de costume, abriu seu salão,
colocou o "Sancho VI" para dentro.
Eram 08h30 e seu primeiro cliente apareceu.

Era o sr. Esteves, dono da padaria e amigo de longa data.
Pediu o corte de sempre
e enquanto cortava o cabelo do Sr. Esteves,
Seu Julião pediu para encomendar um bolo.
Era aniversário de casamento, 45 anos de união. 
Conversaram e decidiram que depois do expediente
Seu Julião iria passar na padaria para retirar o bolo.
Foi um dia até que movimentado,
muitos clientes e amigos o visitam,
ouvem aquela velha rádio AM da região.
Discutem sobre o time de coração que está na 3ª divisão,
mas que "parece um dos grandes"
e que esse ano sobe para a "Segundona".
No final do dia, Seu Julião, fecha a barbearia,
chama Sancho VI e se dirige a padaria.
Lá encontra sr. Esteves, toma uma cerveja mexicana,
que diga-se de passagem é a única que ele bebe.
E vê seu bolo de comemoração.
Diz para o seu amigo Esteves enviar o bolo pra
"Cantina del Fiori"
Lá o Giuseppe termina os preparativos para a festa.
Todos os amigos de Seu Julião estarão presentes.
Julinha, sua filha,
também vira da espanha para comemorar.
Pedro Henrique, seu filho não pode vir,
mas mandou via correio um presente direto de londres.
Tudo estava acertado, Julinha Traria dona Helvécia,
a esposa do seu Julião e mãe de Julinha e Pedro Henrique,
para a Cantina Del Fiori.
Enquanto isso,
seu Julião ia na Alfaiateria do Messias,
para dar os ultimos acertos em seu terno.
Já estavam todos prontos, e seu Julião,
ancioso por ver sua amada,
não se continha em si de tanta euforia.
Quando Julinha surgiu com dona Helvécia,
logo seu Julião mirou seus olhos naquela mulher
que convivera 45 anos de sua vida.
Olhava sua pele,
já com
rugas e sinais do tempo,
mas com uma aparência de jovialidade de uma alma
que não envelheceu um dia sequer.
Tinha um olhar reservado e alegre ao mesmo tempo,
seu rosto demonstrava que ela tinha a ternura e
inteligência capaz de conquistar
qualquer homem.
Seu andar imponente e decidido,
mostrava que sua idade não havia trazido
tantos danos para sua elegância e sutileza.
Enfim, ele via nela
a mesma jovem com quem havia se casado há 45 cinco anos atrás.
Com a diferença que o tempo foi tão generoso,
que a deixou ainda melhor com o passar desses anos.
E assim, chamando-a para si, seu Julião,
pegou dona Helvécia pelos braços,
deu nela um beijo apaixonado
e foram os dois aplaudidos por amigos e famílias.
Ele concluiu que não tinha nada do que se arrepender,
nada que mudar, nada,
enfim nada que fizesse de diferente
para que chegasse a felicidade.
Afinal, ele era feliz e a vida estava perfeita... 
 

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