O Caos e a Existência. A realidade não é muito mais que os sonhos endurecidos pelas desilusões e enganos. Mas estou aqui para corrigir isso (ou tentar...)
sábado, 18 de dezembro de 2010
REVERSO
Ele não pertencia mais aquele local, já não se lembrava mais de como era ser feliz ali. Fazia tempo que suas esperanças em ter tudo como era antes se expiraram.
Somente uma dúvida: - O que esperar do mundo?
É verdade, pouco ele conhecia do mundo... E se o mundo fosse igual aquele lugar que um dia foi feliz e hoje é só tristeza e amargura? E se for pior do que tudo o que ele já viu e ouviu?
Porém não havia outra solução. Sentir medo do desconhecido era um luxo para ele.
Ele já sofria demais com o que ele conhecia. Sentia saudades, mas de algo que se fora há tanto tempo que é difícil lembrar-se exatamente do que ele sentia saudades.
Então pôs-se a caminhar. Naquela estrada estranha que revelava apenas dúvidas e incertezas (e isso era bom).
*PARA K.
sábado, 5 de junho de 2010
Fábula Indiana
Em uma floresta antiga na Índia, um vagalume voava tranqüilamente por arbustos baixos e pela grama, quando de repente percebeu que estava sendo seguido por uma serpente, tentou fugir mas percebeu que estava já quase que encurralado.
Ao perceber que estava sem saída virou-se perguntou a serpente:
-Você vai me comer? - Disse o vagalume estranhando.
-Sim! - respondeu a cobra esguiando seu corpo.
-Mas você tem certeza? Serpente comendo vagalume? - Questionou sem se esquivar o vagalume.
-Certeza Absoluta! - disse a cobra, mexendo seu chocalho da calda.
Vendo que a cobra estava persuadida em continuar com a perseguição o vagalume disse:
- Tudo bem, já que está tão disposta em me comer, posso ao menos lhe fazer três perguntas? - Disse ele encarando de frente a Serpente.
- Tudo bem, logo estará no meu estômago mesmo! - Disse a Cobra, subindo o seu corpo a altura do Vagalume.
- Primeira questão: Eu pertenço a sua cadeia Alimentar? - Disse o Vagalume
- Não! - Respondeu a cobra, já totalmente de frente com o VAgalume.
- Segunda Questão: Eu te fiz algum mal? - Pergunta o irresoluto Vagalume.
- Nenhum! - Disse a Serpente Esticando sua língua em direção ao Vagalume.
- Terceira e última questão: Então por que quer me comer? - Disse o vagalume sentindo a língua da Serpente já em suas patas.
- Porque não suporto o seu Brilho! - Disse a Serpente já enrolando sua língua no Vagalume.
E o Engoliu!
O que cada um de nós fazemos não mudará o mundo
Eu sozinho sou incapaz de mudar o mundo.
Você sozinho também não.
Se nos ajuntarmos localmente, também não.
Se nos ajuntarmos regionalmente, também não.
E, convenhamos, é impossível uma ação global para a mudança do mundo.
Assistindo provocações ontem, 04 de junho, a pós-doutora em semiótica. pesquisadora e professora de Comunicação Social
Lúcia Santaella
sábado, 8 de maio de 2010
Seja Grande
Descobri que tenho medo de ser grande, medo de brilhar com intensidade.
Vivi tentado a ser mediano, a não me gabar, a dar chance aos outros.
E isso em nada me engrandeceu, em nada me fez alguém melhor.
Só hoje penso na conversa que tive ainda na faculdade com alguns dos meus amigos sobre a minha condição de humildade em relação ao que eu podia. Diziam eles que eu tinha medo de mostrar meu potencial e preferia seguir a manada. Sim, eles estavam certos, eu não fazia bem a mim mesmo e nem aos outros a minha volta.
Seguia me escondendo de mim mesmo.
Pretendo me libertar...
Nosso mais profundo medo não é o de sermos inadequados.Nosso mais profundo medo é o de sermos poderosos além da medida.É a nossa luz, não nossa escuridão, que nos amedronta.Pensar pequeno não ajuda o mundo.Não tem nada de esclarecedor em se diminuir para que as pessoas não se sintam inseguras ao seu lado.Todos nós somos feitos para brilhar como as crianças o fazem.Não está apenas em alguns de nós; está em todos.E quando deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão para que outras pessoas façam o mesmo.Como estamos livres dos nossos próprios medos, nossa presença automaticamente faz os outros se libertaremTimo Cruz (Rick Gonzalez); Filme: “Coach Carter”.
sábado, 3 de abril de 2010
Quem não sou…
sábado, 20 de março de 2010
salvador dos frascos de comprimidos
Mas as vezes me extrapolo, tentando ser o Detentor de todos os manuais de "auto-ajuda" possíveis e imagináveis, mesmo sabendo que não gosto de manuais de "auto-ajuda"
Talvez seja porque tenho uma estranha capacidade de não desanimar e um penoso dom de compreender a todos (as vezes não suporto entender sempre), mas mesmo assim isso as vezes me incomoda.
Sei com certeza que não sou normal, perfeito ou sempre feliz. Mas sinto que as vezes desrespeito a infelicidade alheia. Afinal, quem está sempre feliz no mínimo deve ter algum tipo de psicopatia ou neurose. E a Infelicidade faz parte da vida.
Sinceramente, eu gostaria que pessoas BELLA's mostrassem todos os dias seu sorriso. Mas entendo que nem todos os dias é possível sorrir.
O pior de tudo é que sou um safardana que costuma usar de mensagens sub-liminares... (embora mensagens sub-liminares pedem discrição, e acho que não fui muito discreto)
Obturando um dente do Leão
Como fazer entender que aquele modo de agir não é o mais correto ou o mais apropriado?
Ainda mais se esta cultura for a cultura da violência, da agressão e do desrespeito ao próximo?
Pois é nesse dilema que me encontro diariamente. E o pior que as pessoas que tenho a missão de "conscientizar" são pequenas pessoas, de 7, 8, 9 e 10 anos que vivem em um ambiente, violento e agressivo, que não os respeita e os humilha sempre que possível
Uma professora da escola em que dou aula disse que ir todos os dias para minha sala (turma da manhã) é como matar um leão por dia.
Pensei comigo, nessa altura do campeonato eu adoraria poder matar o leão, mas as vezes parece que meu trabalho está mais para fazer uma obturação no Leão todos os dias, e sem anestesia para nenhum dos envolvidos.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Cordeiro em Pele de Lobo...
Quero falar do contrário, sobre o que seria um "Cordeiro em pele de Lobo". São os que se fingem de durões para não mostrar que são fracos? talvez. São aqueles que escondem boas ações em atitudes grosseiras? pode ser.
Mas as vezes temos que prestar atenção naqueles que sorriem demais, que abraçam a todos, estão sempre simpatississímos, aparentando, inclusive, um tom de falsidade. Conheci algumas pessoas assim e sempre olhei com um ar de apreensão. Ficava, e fico, apreendido com essas pessoas, pois aprendi que na vida todo mundo esconde algo. Alguns realmente eram falsos. Contudo, sempre notei que a maioria dos "simpáticos ao extremo" são pessoas com problemas. Problemas diversos, cada um com o seu em especial. Elas tendem a ignorar o que as aflige e mostrar para o mundo que está bem, como pedir para alguém rir quando lhe pisam no calo, se sorrir, com certeza terá dor na sua expressão.
E como ajudar essas pessoas? Bem, isso eu não sei ao certo. Tento não julgar ninguém, não desmerecer e nem ignorar alguém.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Príncipes Encantados
Ecce Homo
Sei que não chegou a hora de se ir embora é melhor ficar
(Vou ficar)
Sei que tem gente cantando, tem gente esperando a hora de chegar
(Vou chegar)
Chego com as águas turvas, eu fiz tantas curvas pra poder cantar
Esse meu canto que não presta
Que tanta gente então detesta
Mas isso é tudo que me resta
Nessa festa
Nessa festaaaa Eu
(Vou ferver)
Como um vulcão em chamas como a tua cama que me faz tremer
(Vou tremer)
Como um chão de teremotos com amor remoto que eu não sei viver
(Vou viver)
Vou poder contar meus filhos,caminhar nos trilhos isso é pra valer
Pois se uma estrela há de brilhar
Outra então tem que se apagar
Quero estar vivo para ver
O sol nascer!O sol nascer! O soooool nascer!!!
(Vou sentir)
Que a minha dor no peito que eu escondi direito agora vai surgir
(Vou surgir)
Numa tempestade doida pra varrer as ruas em que eu vou seguir O em que eu vou seguir!!! Em que eu vou seguir!!!
Não pense, aja!
- Pensou em novamente ir naquele barzinho, repetir o mesmo ritual. Esperar que um dia sua musa apareça e que ele tenha coragem de ir falar com ela. Mas, calhou de um de seus amigos de serviço, Alfredo, convidá-lo a passar os últimos dois dias de feriado numa chácara com a família dele.
- Foram no final da tarde de domingo e voltaram na terça por volta das 14h00min. Durante a estadia na chacará da família de Alfredo, Natanael (este rapaz que imagina demais), contou o ocorrido para Alfredo. Nos 5 primeiros minutos, Alfredo ria como uma hiena que inalou gás hilariante, que é o que qualquer amigo de verdade faria, primeiro rachamos de rir da cara de nosso amigo em apuros e depois sim resolvemos ajudá-lo.
- O fato é que Alfredo ria pois já tinha presenciado essa cena, da espera + tequila = decepção, uma vez e deu exatamente o mesmo conselho: Não pense, AJA! - Esse conselho foi dado com a presença da "Bella" de Natanael no mesmo barzinho. Alfredo havia chamado Natanael para "caça", pois os dois estavam solteiros há pouco tempo e precisavam mostrar ao mundo que estavam de volta ao mercado.
- Todavia, Natanael não é bem um Senhor-Casanova e nem um Don Juan. Ele já foi mais tímido, mas agora não há do que se reclamar, exceto pelo excesso de cautela em se envolver com estranhos. Dizem que se fecha em sua própria concha e só sai quando tem certeza de que é seguro. Não faz isso por ter tido relacionamentos fracassados por confiar demais nas pessoas, mas por observar os alheios e temer o mesmo destino.
- Pois é, e por conta disso Alfredo lhe deu o mesmo conselho duas vezes. Pois sabia que, assim como Natanael não conversou com Bella naquela noite em que os dois estavam no barzinho, ele não falaria com ela desta última vez, mesmo que ela tivesse aparecido.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O poder do Distanciamento
Agora que meu Computador está arrumado, pude voltar a ouvir alguns dos albúns que estão gravados nele.
O Mais estranho, soam como novos. Como diferente, um novo entendimento.
Nunca fui de analisar uma música que sempre gostei. Pois sempre gostei e pronto. Mas hoje, hoje não tive escolha. Parecia que desconhecia aquelas músicas.
Ouvi algumas, como se fosse a primeira vez que as ouvia e pensei comigo: Está música é boa
Preciso agora é olhar para todas as outras coisas as quais me distanciei para saber se realmente eram boas.
E eu disse Coisas, Pois se me distancio de pessoas não é por que me entediei delas e sim porque o destino é meu algoz.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Quentes e Letristas
Outro dia recebi um email com essa expressão “Não somos frios e calculistas, somos quentes e letristas”
Pensei comigo mesmo que criatividade, nem eu que sou totalmente sem noção tinha pensado nisso.
Ser Frio e calculista é uma condição visada por muitos. O “Saber separar o joio do trigo” e o famoso “diga-me com quem andas e te direi és” viraram moda. Todos sabem “analisar” uma pessoa simplesmente pela fala ou olhar.
Não há envolvimento, nem troca de emoções, olhares e confidências. “Ser quente e letrista” é o mesmo que ser um Tolo, um iludido ou um alienado, na visão dos “Frios e calculistas”.
Mas tudo bem, no final o tempo dirá quem estava certo (ou não)!