terça-feira, 25 de setembro de 2007

e foi pra sempre que nunca mais fiz...

O nome dele era Jonas.
Ele era um cara tímido.
Não tinha muitos amigos.
E com certeza não era o mais bonito da escola.



Eu estudava com ele na mesma classe, mas nunca falei mais do que um "OI" durante os dois anos que estamos juntos. Ele era fechado na dele, vivia estudando, só fazia educação física na escola para não tirar notas baixas, mas não era o que ele gostava. Gostava de livros, de poesias e de músicas que eu nem conhecia.

Meu nome é Pedro.

Eu era um dos caras mais populares da escola, era do fundão, jogava basquete e era o capitão do time da escola, que era campeão há cinco anos consecutivos, sendo que nesses dois últimos anos eu joguei, sendo capitão logo no segundo ano. Também tinha uma banda de Reggae e forró universitário. Andava com os melhores da escola e com as mais gostosas.

Inclusive, eu estava ficando com Samanta, uma das mais gostosas da escola. Ela era caidinha por mim. E eu sabia disso, e por isso mesmo fazia dela de "gato-e-sapato".

Mas as coisas mudam, e tudo na minha vida começou a mudar quando uma garota veio para nossa classe (minha, do Jonas e da Samanta). O nome dela era Letícia.

Letícia veio de outro estado com os pais, mas já tinha morado na nossa cidade até os 7 anos. Ela chegou quase no meio do ano, estavamos no fim de maio quando ela chegou. Logo que chegou, eu e meus companheiros de Fundão, Augusto, Murilo e Patrick, a recebemos, já que era esse o nosso papel, afinal eramos os "bam-bam-bam" do colégio.

Letícia era diferente de todas as garotas que eu tinha conhecido e/ou ficado até ali. Não era fútil com Samanta, tinha conhecimentos diversos em diversas áreas. Sabia de Política, culinária, música (mais do que eu), gostava de ler e de escrever contos e poesias. Resumindo, eu precisava ter aquela garota.

Antes de prosseguir, tenho que fazer a descrição da aparência de Letícia. Ela tinha a pele clara de quem não costuma ir a praia todo o mês, ou até mesmo de sair em dias ensolarados na cidade mesmo. Seus cabelos eram pretos e com um corte bem curtinho, mas que nela davam um ar de sensualidade incrível ao mostrar seu colo desnudo.

E finalmente, seu aspecto físico não era como o de Samanta. Samanta tinha seios fartos, boca carnuda, pernas bem torneadas, e malhava. Já Letícia, era magra, mas nem por isso menos atraente. Todo seu corpo exalava uma sensualidade inexplicável e iniqualável. Seu jeito de andar, de falar, de sentar, tudo enfim, me seduzia e me hipnotizava.

Como eu já disse: Eu tinha que ter essa garota pra mim!!!

Logo comecei a sentar do lado dela, a fazer trabalhos com ela, ir pro intervalo com ela e chamei-a para sair algumas vezes, mas sempre com recusas por parte dela.

Samanta logo sentiu ciúmes e perguntou o que eu estava fazendo. Eu simplesmente disse que estava terminando com ela. Virei as costas e não olhei para trás. Só pensava agora em como ter Letícia.

Vieram as férias de julho e com isso tive que me distanciar um pouco dos meus planos, já que todos os anos eu passava as férias de meio de ano no sitio dos meus avós.

Porém, quando voltaram as aulas e eu ia começar a intensificar minha investida em Letícia, algo de estranho aconteceu. Descubro que Jonas e Letícia estão namorando.

Isso era inconscebível, não era verdade ou pelo menos não deveria ser. Como isso aconteceu? Jonas, o tonto, tomar de mim a garota que eu ia ter ?!?!? Havia algo de errado. E logo isso seria resolvido.

Algo de ruim e perverso começou a se apoderar de meu ser. Vivia maquinando uma vingança contra aquele MAGRELA que roubou a minha Letícia de mim. Ele iria pagar caro por isso. E ela... ah minha linda Letícia... ela um dia seria minha.

Estavamos já em Setembro, quando a Diretora passou em nossa classe para avisar que no fim do mês haveria a festa da primavera. Pensei comigo mesmo que seria nessa festa que meus planos iriam se concretizar. Mas até lá faltava muito tempo e para um coração amargurado, cada segundo é uma eternidade. Precisava me vingar aos poucos de Jonas. Sempre que Jonas passava pelos corredores, Augusto, Murilo, Patrick e eu esbarravamos nele, fazendo com que os seus materiais caissem, e depois chutavamo-os e saiamos rindo da situação. Faziamos com que todas as aulas de educação física fossem uma via sacra para Jonas.

Nesse meio tempo, finalmente chegou a festa da Primavera. Eu já tinha o plano. Murilo e Patrick chegariam para Jonas e pediriam para ele ir para os fundos da escola e que tinham um assunto importante para falar. Ele, apesar de todas as ameaças e agressões veladas sofridas, não desconfiava de nada. E assim o plano foi seguindo conforme o planejado. Enquanto isso eu e Augusto esperávamos os outros três no lugar previamente combinado. Ao chegar lá, Jonas ficou espantado ao meu ver, e eu já fui logo dizendo :

- Você roubou uma coisa que me pertencia!

- Não sei do que está falando?!?! - Disse ele num tom de desprezo.

- Claro que sabe! Eu tô falando da Letícia!!! - Falei em um tom já um pouco mais alto do que o normal.

- Cara, se toca! Ela não é de ninguém! Não é minha, muito menos sua!

- Então, quer dizer que vocês não namoram? - Perguntei em tom de escracho.

- Namoramos sim! Mas isso não faz com que ela seja minha ou vice e versa! - Explicou ele, já um pouco com raiva da situação, já que os outros três presentes faziam uma parede humana que o empedia de sair.

-Ah, então você admite que roubou ela de mim. Agora só quero que você prometa que vai sair da vida dela e deixar o caminho livre pra mim, ou se não... - Fiz tal intimidação na maior seriedade e frieza que era permitida a um ser humano.

- Se não o quê? acha que tenho medo? - Ele me olhou com um olhar tão desafiador, que por um instante cheguei a recuar do pensamento de vingança, mas já era tarde...

- Se não isso... - E antes de terminar já tinha dado um murro na cara dele.

Nos cinco minutos seguintes ocorre uma cena em que eu com violência exagerada, socava, esmurrava e chutava Jonas, enquanto ele somente se defendia do jeito que conseguia, mas sem por um momento reagir.

Eis que durante esse acontecimento escuto uma voz a me chamar. Eu reconheci a voz e toda minh'alma tremeu. Era a voz de Letícia, que ao ver jonas quase desmaiado no chão, gritou meu nome e pediu que eu parasse.

De prontidão atendi seu pedido, afinal, ela exercia uma grande força sobre mim. Logo que eu parei ela correu até Jonas e perguntou como ele estava. Ele disse que estava bem e que eu não ia conseguir machucá-lo. O pior é que aquele sujeitinho disse uma grande verdade para ela, ele disse que não reagiu, porque naquela batalha, eu era o grande perdedor desde o começo. Assim que ela ouviu essas palavras vindas da boca de Jonas, Letícia olhou para mim e disse:

- Escuta aqui! Não sei o que você estava achando, mas já percebi há algum tempo que você estava marcando pesado em cima do Jonas. Que foi? o bebê não conseguiu o brinquedo que queria e agora tá fazendo birra? Ou você acha que é o dono detodas as garotas da escola e que você pode usá-las apenas quando quer? Ou você acha que não lembro do que você fez com a pobre da Samanta, que teve até que pedir transferência da escola, de tão arrasada que ficou?

Além do mais, - Continuou ela - eu gosto é do Jonas e não tem nada que você fizesse para mudar tal situação. Sabe eu, no começo, até te considerava um cara legal. Meio pretencioso e exibido, mas legal. Agora nem isso.

Se me dão licença - Disse ela aos outros que comigo estavam- Eu e MEU NAMORADO vamos sair daqui. Mas não se preocupem, não vamos dizer nada aos nossos pais ou aos professores. E espero que não tenhamos mais problemas com vocês daqui pra frente.

E os dois sairam dali, se beijando e rindo. E eu, com cara de paisagem, só podia observar os dois se distanciando. Augusto aproximou-se de mim e disse: Ele teve uma lição que nunca mais vai esquecer, hein Pedro?!

Mas, Augusto estava errado. Eu tive uma lição que jamais esquecerei.

Aqueles dois continuaram namorando até se formar. Eu, continuei sendo capitão do time de basquete e cantando na minha banda. Na semana seguinte, liguei para Samanta pedindo desculpas por tê-la usada, ela me mandou ir caçar coquinhos e nunca mais voltou a falar comigo. Os Três, Augusto, Murilo e Patrick foram presos na viagem de férias da formatura, pois agrediram um funcionário de um hotel, somente porque ele havia derramado cerveja em um deles.

E eu, bom, eu passei a respeitar as pessoas. No começo quem me via dizia que eu estava chato, ou que eu estava deprimido, mas na verdade sentia tanta vergonha dentro de mim, que só podia ficar quieto. Até que no dia da Formatura Letícia e Jonas chegaram em mim, me abraçaram e me disseram que me perdoavam. Eu comecei a soluçar e a chorar. Não merecia aquilo, mesmo assim eles faziam. Me chamaram de amigo e disseram que seria importante que nossa amizade continuasse.

Hoje, eu to firme com a banda, que não toca mais forró universitário, e mistura além de Reggae, outras tendências. Não jogo mais basquete, pelo menos não com intuíto de competir. E o principal, tenho dois amigos verdadeiros: Jonas e Letícia.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A bronca



Um Fato Real...

Ano passado eu estava de férias forçadas (fui demitido). Resolvi então passar uns dia em Osasco na casa dos meus irmãos.
Eis que em um desses dias, bem pra ser mais exato, em uma dessas noites eu fui para a rua um pouco para fazer umas coisas, e voltei correndo porque tinha começado a chover forte.
Quando entro no quintal da casa dos meus irmãos tenho que descer para ir até a porta.
Na descida, o chão é de Ardósia, isso torna muito escorregadia.
Resumindo, a cena era essa: Chão escorregadio, noite escura, eu ensopado, e um chinelo havaianas...
Resultados: um tombo com as costas ao chão, arranhões e machucados em toda as minhas costas.
O pior é que naquele dia eu tinha combinado com uma amiga minha de ir na casa dela para assistir um filme com uns amigos. Fazia muito tempo que não a via, e não podia deixar de ir, mas minhas costas doíam muito.Resolvi fazer um curativo a lá qualquer coisa, tenho uma certa resistência em consultar doutores (não é medo de injeção... é respeito...rs).
Feito meu "curativo" fui até a casa de minha amiga. Chegando lá, ela reparou que eu estava meio desconfortado ao sentar e com uma cara um pouco que de agonia. Expliquei para ela o que tinha acontecido.
Ela, como uma ótima amiga e neta de uma enfermeira, me fez um curativo de verdade.
Depois da queda, acho que voltei para casa em no máximo dois dias.
Penso que tenha sido nesse período porque os machucados não tinham cicatrizado.

Pois bem. Em um fim de semana, estava eu na minha casa, lavando louça, e chega uma tia minha com minha sobrinha Beatriz de apenas 4 anos de idade na época.
Enquanto eu lavava a louça, minha sobrinha ficava ao meu lado brincando comigo, e ela me deu um esbarrão nas costas. Quando ela deu o esbarrão, eu gritei de dor.
Ela perguntou porque eu estava daquele jeito.Eu falei que tinha caído e mostrei minhas costas para ela.
Imediatamente veio um pequeno sermão que tentarei transpor com as exatas palavras dela.
- Que foi Padrrrrinho? - Ela é minha afilhada e puxa o "R" ao pronunciar as palavras.
- Eu cai Bia, lá na casa do Tio Luckas e do Tio Thadeu! - Respondo a pergunta com calma.
- Senta alí na mesa, dexover(precisa traduzir?)... aí padrrrinho tá doendo?
- Ah, tá sim, mas é pouquinho.
- Mas padrrrinho, como você foi fazer uma coisa dessas, já falei que não é pra ficar correndo que você se machuca.
- Mas Bia, eu não corri, eu tava andando na chuva e cai!
- U que? andando na chuva? você não tem verrrgonha não? depois fica doente e a madrrrinha vai ter que te dar injeção.
Obs: A Madrinha é a minha e não a dela, mas de tanto ouvir eu a chamando de madrinha, ela também chama.
- Mas bia, eu...
Não me deixa concluir.
- Mas nada! Padrrrinho, que coisa feia.
Num é mais prra fazerrr issu viu?- Tá bom Bia.

Moral de História, olhem por ande andam! E não tenham uma sobrinha mais inteligente que vocês!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

As coisas simples da vida



Acordo todos os dias, faço meu café amargo, como meu pão com manteiga comprada no armazém da cidade, vejo os meus filhos que ainda dormem, dou um beijo na minha mulher e vou para praia, preparar a rede para pescar.
É, o sol ainda não raiou, mas já tenho que preparar tudo. Aí vem meu companheiro de pesca, Wagner. Conheço o Wagner desde que erámos moleques. brincavamos juntos e iamos para escola juntos, nossos pais também eram amigos e acho que não poderia ser diferente conosco.
Lembro que enquanto nossos pais estavam em alto-mar, nós ficavamos esperando na areia da praia, as vezes com medo da tempestade forte que derrubava coqueiros. Mas eles sempre voltavam sãos e salvos.
Até que um dia meu pai não voltou. Fiquei assustado e preocupado, já que não tinha tempestade em terra firme. Mas o seu Antenor, pai do Wagner, me disse que teve uma tempestade forte no alto-mar, e meu pai tinha caido do barco.
Minha mãe chorou, chorou desesperadamente. Seu Antenor pediu pra eu e meu irmão caçula ir dormir na casa dele, enquanto minha mãe ia passar uns dias na casa da minha avó.
As buscas duraram uma semana, mas não acharam nada. Nem o corpo, nem as roupas, nem o barco do meu pai.
Decidi que a partir daquele dia, não ia mais olhar para o mar.
Pois o mar tirou meu pai de mim.
Como é que o mar podia fazer isso com as pessoas? Quem deu essa autoridade para o Mar? Então decidi sair daquele lugar, mas ainda era jovem e não podia deixar minha mãe só.
Comecei a trabalhar com 12 anos na venda da cidade, que ficava a 20km de casa. Logo tive que sair da escola, pois trabalhar meio periodo não dava para pagar as contas de casa. Minha mãe lavava roupas e fazia bolos, mas numa comunidade de pescadores, isso não dá muito dinheiro.
Seu Antenor sempre ajudava, e pedia para eu pescar com ele e o Wagner, mas no começo eu rejeitava. Até que um dia, ele me chamou em sua casa para ter uma conversa.
Quando cheguei, ele estava consertando os remendos da rede.
Me cumprimentou e pediu para que eu fosse com ele até as pedras para conversar.
Me disse que não sabia como eu me sentia, já que ele ainda tinha pai e mãe.
Mas me mostrou a rede que remendava.
Disse que ele podia simplesmente não remendá-la, já que os remendos eram poucos, e não atrapalharia muito na pesca.
Mas então ele disse: - Se eu deixo de remendar hoje, amanhã, depois de amanhã... vai chegar uma hora que não terá mais como consertar! Então, antes que sua rede fique sem conserto, deixe de bobagem e procure alguém para ajudar a consertar.
Bom, agora toda vez que vejo o mar, não penso em fugir.
Mas, em enfrentá-lo com dignidade e respeito.
E quando vejo meus filhos, penso em como ser um bom pai.
Lembro do meu pai, que era feliz, meio duro em algumas atitudes, mas sempre com ternura.
Lembro também do quanto ele amava minha mãe e quanto ela o amava.
As coisas aconteceram em minha vida, sem que eu tivesse tempo para entendê-las.
Mas a vida não parou para eu tentar entender.
Ela continuou, e eu aprendi que eu tinha que buscar proveito de cada situação que me aparecia, mas sem que isso significasse usar ou abusar das pessoas.
Agora me despeço.
Não vou pescar porque hoje é domingo.
Vou fazer uma balança no quintal de casa para minha filha e comprar um cachorrinho na cidade pro meu filho mais tarde.
Faça algo simples por alguém que não espera por um gentileza e veja o resultado.

sábado, 15 de setembro de 2007

Guardião dos Sonhos







- Aquele Alí! É esse mesmo!!!
- Me desculpe senhor, mas o senhor é o Guardião dos Sonhos?
- Hã?! Eu, desculpe mocinha, você deve te me confundido com alguém.
- Não falei!! - grita a garota para os amigos que a esperavam - esse daqui tem cara de idiota!!!
E sai correndo sem olhar para trás, pois não importava mais aquela figura que há poucos instantes ela conversara.


Mas eles tinham razão, aquele era sim, quem antes era conhecido Como "O Guardião dos Sonhos".


O que aconteceu para que ele se tornasse naquela figura tão pitoresca (pra não dizer soturna)?


Ele que era conhecido como o mais animador de todos.
Capaz de animar a qualquer pessoa, procurado por várias pessoas que buscavam alguém a quem pudessem confiar seu mais intimos segredos, ou que apenas tivesse uma resposta tranquilizadora para os seus problemas.


Dizem por aí que ele sempre foi um fraude e que por isso, não conseguiria fingir por muito mais tempo sem ser desmascarado, resolvendo então desistir daquela farsa.


Há boatos também, que no fundo existia algo de mal dentro dele.
E por esse motivo, não poderia mais guardar sonhos, e sim criar pesadelos.


Mas, talvez, o mais provável é que ele tenha se cansado. Cansado de só ouvir, e nunca ser ouvido.
De suportar todo o peso que lhe era posto sobre aquela responsbilidade que tinha para si.
De não poder mudar as regras do jogo, mas apenas torná-lo um pouco mais justo aos que conseguia ajudar.


Não sei, não posso dizer o que se passa em seu coração, não tenho as habilidades que um dia ele tivera.


Mas creio que seu coração se partiu, em algum lugar de sua jornada, espalhando-se em tantos pedaços, que, se caso ele parasse para os apanhar, demoraria muito tempo para ajuntá-los de novo e sem esperanças de voltar a ser como era antes.



Mas ele não parou, continuou seguindo em frente, até onde não dera mais, até que enfim, ele não era mais...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Bosta!




Eu estava dando uma lida nas notícias pela Net, e vi que amanhã terá uma passeata para pedir punição severa para o assassino de uma Garota em São Paulo. Manifestação que contará com apelo popular e da "MíDiA".



Ontem teve uma manifestação em minha faculdade.

Os manifestantes reclamavam de aumentos abusivos nas mensalidades, que prejudicarão a todos (inclusive a mim). Eles foram duramente reprimidos pela Polícia e em nota o Conselho Diretor da Faculdade disse que os envolvidos responderão pelos danos causados ao Patrimônio da Instituição.


Não entendo.

Uma sociedade que reclama querendo justiça, que se diz injustiçada perante tanto crime e deslealdade, é capaz de assistir uma cena como a de estudantes protestando e reclamando seus direitos e chamar esses estudantes de desocupados e vagabundos. Os mesmos estudantes que pagam impostos, estão alí para construir o "futuro" da nação e que poderiam muito bem ser um de seus filhos.


E depois, quando atos de violência são cometidos contra esses jovens, dizem simplesmente as autoridades, que agiram conforme a orientação de seus superiores, para evitar um tumulto generalizado.


Ah, sinceramente, eu já estou quase tomando raiva de tudo. Quase rindo quando morre mais um Jovem da Elite brasileira, e me preparando para armar bombas e jogar no meio dessas manifestações pacíficas. Sim, porque pelo que percebi só dói no deles, no nosso deve ser até gostoso enfiar 35cm! Bom, desculpem a expressão, mas é o que está parecendo ultimamente.


Reclamam da morte de um garoto que foi arrastado por um carro, mas não dão a mínima para as milhares de crianças que já morreram ou ainda estão para morrer em diversos trabalhos escravos e prostituição infantil.


Contudo, concluo....

Bosta!

E tenho dito.



quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Clã dos Jorges?!?!



Não... Mil vezes não... Não é desses quatro rapazes (que com certeza não são de Liverpool) que eu estou me referindo. Até poderia ser, mas não se trata deles.

No começo nem eu mesmo sabia que definição era essa "Jorge". Pois, afinal, quem definiria uma pessoa com um nome próprio significando um adjetivo??? Eu nem sabia, que um dia eu teria a definição de Jorge, e mais tarde a terminologia de Natanael Delcrécio Taborda, mas isso é assunto para um outro "post".

Voltemos agora, porque senão perderei o fio da meada, para o Clã dos Jorges. Quem são e como reconhecê-los? Sobre quem são, isso eu explicarei no decorrer da postagem. Em relação a como reconhecê-los, não precisa, eles o reconhecem e o acolhem assim que descobrem que você é um deles, mesmo que você ainda não saiba que é um deles.

E eu os conheci por incríveis acasos, que só a vida pode nos proporcionar (não que a morte não seja detentora de acasos, deve ser, mas eu não conheço o outro lado para afirmar ou negar). .

Começarei agora a descrever quem são tais pessoas. Pra começar, embora não seja oficializado, mulheres também podem ser "Jorges", muito embora ainda não tenhamos uma definição feminina para o "ADJETIVO". A Primeira vez que escutei, vindo de um deles, a definição de "Jorge", logo me lembrei do personagem de desenho animado Charlie Brown. Aquele Garoto apaixonado pela garotinha ruiva, com um cachorro mais esperto e popular que ele, que tem dificuldades em estabelecer relações sociais com uma garota que se diz "A Malandra"(LUCY), com uma professora que vive pegando no pé dele, ele se dá mal algumas vezes, mas nem por isso perde as esperanças.

Pois bem, esta foi a primeira interpretação que fiz de Jorge. Mas depois pensei: - Que bosta!!! Me senti meio decepcionado com o que o futuro reservava para mim ao entrar para esse clã.

Ainda bem que minha interpretação estava distorcida. Aos poucos percebi a importância de ser um "Jorge". Percebi que não eram os defeitos que formavam a definição de "Jorge", mas sim suas qualidades. E as qualidades dos "Jorges" são o que importa na verdade. Tornando-os diferente da maioria. Mas sem tornarem-se diferenciados. Andam pela multidão tranquilos, sem serem notados, ou sem se fazerem notar. Mas sabem como reconhecer as coisas boas da vida.

Discorrem em seus assuntos, música e religião, música e ciência, música e política, música e cotidiano. Eu já mencionei música???rs... Dotados de um senso de humor que se constroi com inúmeras observação do mundo e das coisas que os cercam, rieem de si mesmo quando se fodem, e riem ainda mais quando alguém que não gostam se fode.

Acho que já estou me perdendo no assunto. Mas como eu supunha, descrever o que é ser um "Jorge" é mais complicado do que se imagina. Afinal, se fosse algo fácil, não seria coisa de Jorge. (ou talvez seria?)

De qualquer forma, preciso voltar ao trabalho. Fiquem vocês aí... os que são "Jorges" podem me recriminar depois. E os que não são, podem perguntar o que é ser um "Jorge" para si mesmos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O Epílogo





Estranhamente usei essa palavra em um dos meus contos: Epílogo, para começar o conto.

Tendo em vista que essa palavra denomina considerações passadas ao termino do texto.

Porém como era uma narração futura, foi bem claro que viria em boa hora tal título.

Muitos tem o complexo de Dom Quixote, e eu sou um deles.

Complexo de Dom Quixote consiste exatamente em lutar por causas perdidas, por amores impossíveis e contra inimigos invenciveis (invenciveis, exatamente por não existirem).

E aqui estou eu, lutando contra meus moinhos de vento, atrás do amor de minha amada Dulcinéia, e libertando prisioneiros que eu julgava serem perseguidos políticos.

Enfim, um ser atemporal, e deslocado... Mas cada um tem para si, somente aquilo que procura, não é verdade? NÃO!!! Não é verdade, a vida é algo que não temos muito controle, e aqueles que tem suas vidas sobre total e absoluto controle, é porque não a vivem, mas a reprimem.

Agora, pra variar, não sei o que será de mim. Vivo buscando o Caos, pois dizia Nieztche: "É somente no CAOS que se pode ver nascimento de uma Estrela Bailarina".

Mas no fundo sei, que as Dulcinéias há muito não existem, que todos os meus inimigos são meros moinhos de vento, e que não é só porque algumas pessoas morrem por uma causa que isso torna-a justa ou correta.